Cristina Carvalhal/Causas Comuns, “Quem Cuida do Jardim” (2025)

Através de uma visão distópica e apocalíptica, a mais recente criação teatral de Cristina Carvalhal e da companhia Causas Comuns, procura entender e corrigir os erros da humanidade. “Quem Cuida do Jardim”, de Cristina Carvalhal, propõe uma reflexão sobre o futuro colectivo após a extinção da civilização.

Com Alice Azevedo, Bruno Huca, Carla Bolito e Diogo Freitas, o espectáculo apresenta quatro sobreviventes de um mundo prestes a desaparecer, incluindo uma nova espécie humana, criada laboratorialmente para repovoar a Terra, desenhada geneticamente segundo uma ética de cuidado.

Partindo da ideia de “devemos cuidar do nosso jardim”, resgatada da adaptação de Cândido ou o Optimismo, dirigida por Carvalhal em 2008, os protagonistas tentam reconstruir ou imaginar o mundo de uma forma que possibilite uma existência digna.

A peça desenvolve-se a partir de uma pesquisa sobre as sociedades, desde a pré-história até agora, com enfoque na Europa. Mediante um olhar crítico sobre modelos que perpetuam o colapso das populações, ecossistemas e saberes, questiona-se como se podem encontrar novas formas de vida humana num futuro incerto.